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O Governo Federal e os bancos brasileiros estão discutindo terminar com o crédito rotativo do cartão, que é onde são cobradas as maiores taxas de juros do Brasil, podendo passar de 500% ao ano.

Na prática, o juros rotativo é quando o cliente atrasa ou não paga integralmente a sua fatura do cartão do cartão de crédito, como quando opta pelo pagamento mínimo, por exemplo.

Então, continue a leitura e saiba o que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o Ministério da Fazenda e o Banco Central do Brasil estão considerando para acabar com os juros do cartão de crédito!

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Vai terminar o crédito rotativo do cartão?

Na última semana, diversos órgãos se reuniram para discutir o fim do crédito rotativo do cartão no Brasil, que é considerado um dos principais fatores de endividamento dos consumidores brasileiros, devido a sua alta taxa de juros.

Segundo dados do próprio Banco Central, em abril, a taxa média dos juros rotativos do cartão de crédito chegou a 447% ao ano, a maior alta nos últimos seis anos.

Assim, se o consumidor cair no crédito rotativo, uma dívida no valor de R$1.000,00 passaria para um total de R$4.903,30, ou seja, cresce muito e em pouco tempo, tornando praticamente impossível quitá-la.

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É justamente por conta disso que o Governo Federal e os bancos estão estudando dar fim aos juros do crédito rotativo no Brasil.

A proposta inicialmente era criar um teto máximo para as taxas de juros cobradas no cartão de crédito, contudo, foi descartada, visto que geraria prejuízo financeiro para o mercado de crédito nacional.

Dessa forma, está em estudo outras alternativas para “terminar” com o crédito rotativo do cartão, como o fim do parcelamento de compras sem juros e preços diferenciados para quem pagar à vista no crédito.

Pensando na boa educação financeira e uso consciente do cartão de crédito, seria ótimo, pois os brasileiros iriam criar o hábito de comprar apenas o necessário e o que cabe em seu orçamento, sem essa falsa ilusão de que o parcelado não pesa na fatura.

Contudo, sabemos que será bem difícil para os consumidores, até mesmo porque o Brasil é um dos poucos países que permite o parcelamento de compras no crédito.

Em dados, hoje em dia, cerca de 45% das compras feitas com cartão de crédito são parceladas sem juros, o que afetaria todo o mercado.

Parcelamento do crédito rotativo

Até o momento, a proposta mais viável para terminar com o crédito rotativo do cartão é criar uma taxa fixa no parcelamento.

Por exemplo, se o cliente entrar nos juros do rotativo do cartão, contaria com a possibilidade de parcelar a dívida em até 12x, mas com taxas mais acessíveis.

Assim, ao não pagar a fatura ou pagar apenas os 15% mínimo, o usuário do cartão não se endividaria tão fácil e rápido, pois a taxa fixa seria menor que a taxa atual cobrada no rotativo.

Mas, lembrando que, desde 2017, os bancos são obrigados a oferecer a opção do parcelamento total da fatura após um mês no rotativo do cartão.

Como sabemos, o parcelamento da fatura tem juros muito menores que o crédito rotativo, o que facilita a renegociação da dívida!