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A semana começou com péssimas notícias no mercado financeiro, afinal, o Silicon Valley Bank (SVB) quebrou nos Estados Unidos, gerando pânico entre investidores e clientes com dinheiro em contas de bancos digitais ao redor do mundo, inclusive aqui no Brasil.

O banco, que era um dos principais financiadores de startups e fintechs, decretou falência na última sexta-feira (10). Essa já é considerada a segunda maior falência bancária da história dos Estados Unidos desde o colapso no sistema financeiro americano em 2008, que acabou gerando uma crise econômica mundial.

Continue conosco e saiba mais sobre a quebra do Silicon Valley Bank e como isso pode impactar seu dinheiro aqui no Brasil!

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O que aconteceu e porque o Silicon Valley Bank quebrou?

Nesta sexta-feira (10 de março), autoridades do governo americano anunciaram o encerramento das atividades do Silicon Valley Bank, banco comercial que fornecia crédito a fintechs e empresas do setor tecnológico.

O SVB tinha sede nos Estados Unidos (EUA) desde 1980, sendo considerado o 16° maior banco americano, com mais de 209 bilhões de dólares em ativos.

O banco do Vale do Silício decretou falência 48 horas após uma corrida bancária, isto é, investidores em massa solicitando saque do dinheiro investido no banco.

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Essa atitude partiu após o SVB, na semana passada, ter anunciado que venderia bilhões de dólares em títulos alocados no banco, acendendo o sinal vermelho de alerta em investidores experientes.

Com isso, na quinta-feira (09) as ações do Silicon Valley Bank despencaram 60% na Nasdaq, segunda maior bolsa de valores do mundo.

E como sabemos, a partir do momento que as ações de uma empresa perdem valor na bolsa, o caos se instaura, fazendo com que cada vez mais investidores queiram retirar seus investimentos, semelhante ao caso da Americanas.

Além disso, clientes do banco também se preocuparam e começaram a solicitar o saque de seu dinheiro, fazendo com que a instituição perdesse ainda mais valor no mercado.

A notícia sobre a quebra do Silicon Valley Bank começou a circular na internet através do influenciador digital Raiam Santos.

O criador do canal “Nômade Digital” estava em uma conferência em Singapura e por meio dos stories do Instagram começou a falar sobre a falência do SVB, alertando as pessoas a tirarem seu dinheiro das famosas contas digitais, transferindo para contas de bancos físicos.

Quem é Raiam Santos?

Raiam Santos (graduado em Economia, Relações Internacionais e Letras) é dono do canal “Nômade Digital” no Youtube, o qual tem mais de 157 mil inscritos.

Desde 2017, o influenciador, escritor e nômade digital usa suas redes sociais para fazer alertas aos brasileiros sobre o mercado financeiro, especialmente o risco de ter dinheiro em bancos digitais.

Vale destacar que Raiam Santos tem grande experiência no mercado financeiro internacional, uma vez que desde os 15 anos estudou nos Estados Unidos, concluindo sua graduação na Wharton Business School, escola de negócios da Universidade da Pensilvânia (Upenn).

Ao concluir a faculdade, Raiam Santos começou a trabalhar na empresa do ramo financeiro Citigroup nos Estados Unidos, mas foi demitido e voltou ao Brasil, com um emprego na B3 (bolsa de valores brasileira).

Além disso, Raiam Santos é fundador da Kobe Media, uma holding voltada para a venda de infoprodutos, clubes de negócios, livros e canais no Youtube.

O governo americano irá dar “bailout” no banco do Vale do Silício?

Desde sexta, quando reguladores federais assumiram o controle do Silicon Valley Bank, milhões de clientes inundaram o banco com pedidos de retirada de dinheiro.

Na manhã desta segunda-feira (13), as autoridades financeiras americanas, incluindo o presidente Biden, anunciaram que não irão fazer “bailout” no SVB.

Bailout é um termo americano para “fiança”, parecido com o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que temos aqui no Brasil e cobre prejuízos de investidores no valor de até R$250 mil.

Janet Yellen, secretária do Tesouro Americano, disse que o governo dos EUA não resgatará o banco do Vale do Silício.

No entanto, ela observou que os reguladores federais americanos estão trabalhando para garantir que pessoas e empresas com dinheiro no banco falido não sejam prejudicadas.

A FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) deve ressarcir clientes do banco que tiverem prejuízo de até 250 mil dólares no Silicon Valley Bank, da mesma maneira que o FGC faz quando um banco brasileiro quebra.

Contudo, cabe destacar que 90% clientes do banco do Vale do Silício não terão direito ao reembolso, uma vez que seus depósitos não estavam garantidos pelo SVB, justamente porque seus investimentos ultrapassam esse valor na instituição.

O que significa a quebra do Silicon Valley Bank?

Como mencionamos, esse é o maior colapso bancário americano desde 2008, onde é esperado um efeito dominó gigantesco, ou seja:

  • Demissões de funcionários em massa
  • Milhares de empresários e investidores falidos
  • Bancos digitais e startups colapsando e gerando prejuízo

Contudo, Elon Musk já informou que tem interesse em comprar o SVB para transformá-lo em um sistema totalmente digital, com a intenção de pôr fim ao dinheiro físico.

Até o momento não tem como saber exatamente como o mercado irá reagir, mas a princípio, aqueles que não conseguiram fazer o saque a tempo e terão que receber valores superiores à garantia da FDIC, precisarão entrar na fila de credores da massa falida para receber, o que pode levar anos.

Com certeza a quebra do banco do Vale do Silício irá gerar consequências nos bancos digitais, fintechs e startups brasileiras que tinham capital investido nele.

Nomes que estão em foco no momento, isto é, que tinham investimentos no Silicon Valley Bank são o Nubank, C6 Bank, Banco Inter, Neon, Creditas e Geru.

Por isso, na dúvida, até sair uma decisão oficial sobre como o governo americano irá lidar com o Silicon Valley Bank que quebrou, a dica que damos é de transferir seu dinheiro desses bancos digitais citados, pois não sabemos até que ponto serão afetados, podendo inclusive também vir a decretar falência!