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Quem liga a televisão ou acessa à internet deve estar cansado de ouvir sobre uma tal inflação que há tempos atrapalha a vida do brasileiro comum. O aumento da gasolina, carne bovina, consumo de energia e outros estampam as capas dos jornais quase todos os dias e muitos não sabem do que se trata e o porquê disso acontecer e não passar.

É dever de quem está à frente de uma pasta como a de economia ou o dirigente de uma nação trazer à tona a população as causas que tem feito o aumento dos preços de bens e serviços.

Como bem disse, é a inflação que torna a moeda pouco valiosa e é o freio dos consumidores que ao chegar numa gôndola de supermercado se espanta com a alta dos produtos e isso transforma o carrinho de compras pouco atrativo e com poucos itens.

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Às vezes compra-se pouco pagando muito, algo surreal. Confira neste artigo os principais pontos sobre a inflação.

O que é Inflação?

Inflação é a palavra mais ouvida e comentada pelos brasileiros nos últimos anos. O seu significado remete ao aumento de preços de bens e serviços existentes no mercado dentro de um curto ou médio espaço de tempo, o que diminui a presença dos consumidores, implica perda de compra, conforme falam os economistas.

Essa variação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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As causas da inflação também estão interligadas a lei da oferta e da demanda, diminuição da oferta, fatores naturais e emissão de moeda.

E será dentro desse parâmetro analisado que a vida do consumidor é impactada por algo bem recorrente na história do Brasil.

Como a inflação realmente funciona?

Basicamente, a inflação faz com que o dinheiro perca valor devido que a moeda não consegue acompanhar o que pode ser visto como barato ou caro.

O mesmo também ocorre na hiperinflação, mas os consumidores tendem a ter dificuldades para acompanhar os aumentos dos preços e na identificação sobre o que está ou não com o devido preço justo.

Portanto, na medida que os preços sobem nos supermercados, por exemplo, a moeda perde o seu valor e existem casos de isso acontecer rapidamente.

Alguns países nos continentes Africano e Asiático lutam com a (hiper) inflação constantemente, o mesmo ocorre na vizinha Venezuela, onde muitos atravessam a fronteira em busca de produtos do Brasil com preços mais justos.

No Brasil

A geração que viveu o assombro da inflação nas décadas de 70 e 80 no Brasil prefere manter a distância de um tempo em que os preços aumentaram de maneira escalada e há casos de dois tipos de preços num mesmo dia.

A geração dos anos 90 lembrava do famoso caso da nota de R$1,00 que dava para comprar entre 10 e 20 pães na padaria, dependendo da região. Algo totalmente impensável nos dias atuais.

Para se ter uma ideia, com o valor de R$6,08 de hoje, voltado há quase 30 anos, era o que vinha estampado somente na extinta nota de R$1,00.

No mundo

A inflação é um problema global e muitos países estão tendo problemas em ter que enfrentá-la. Vai muito também pelos estímulos fiscais adotados por grandes potências.

Nos últimos dados levantados por especialistas, foi apontado que a média das grandes economias que estão no G20 e OCDE fica em 8,8%, respectivamente.

Numa lista de 10 países com os maiores índices, em primeiro lugar ficou a Argentina com 94,8% e em décimo a Holanda com 7,6%.

Por incrível que pareça, o Brasil é um dos países com uma das menores inflações no mundo, estando no  quarto lugar no ranking global, no acumulado com 5,7%.

Principais Índices de Inflação no Brasil

No Brasil existem alguns índices responsáveis por fazer a medição da inflação em nosso território. Além do IPCA, que está ligado ao IBGE, existem medições que são feitas com a ajuda da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de São Paulo. Confira abaixo o destaque.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), tem como objetivo mensurar o poder de compra dos salários.

E um dos quesitos avaliados é a venda de cestas de consumo que a população assalariada faz uso.

A ideia é criar uma varredura dentro do país e saber se 50% ou mais dessas pessoas estão com baixo rendimento em poder compra e toda avaliação é feita entre o início e fim de mês para se ter referência.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) é dotado de estudos sobre variações de produtos agropecuários e industriais nos estágios de consumo final.

É basicamente apontar como estão o preço dos produtos nos supermercados e os estágios de compra dos consumidores perante aos produtores.

INCC

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) está voltado para observar as variações de custo na construção civil do país.

Criada pela FGV em 1950, passou a acompanhar como estão os índices de construção no Brasil e o avanço tecnológico dentro desses espaços que possuem alta nos preços de materiais nos orçamentos feitos por pessoas civis e jurídicas no cálculo dos custos.

Quais as causas da inflação?

Se tratando do Brasil existem razões dentro do âmbito de alimentação em que a falta de produtos no mercado eleva o preço nos carrinhos de compras, pelo fato do país abdicar do estoque de alimentos para que em eventos de crise ajudaria a baixar o preço. Isso é um ponto a ser destacado.

Tais mercados nacionais e globais, como os energéticos, são sensíveis aos preços, o que afeta diretamente o nosso mercado interno que é dependente.

A crise hídrica que também assola países – e o Brasil atualmente, carregam estragos dentro da área alimentícia e de luz elétrica pela escassez de água nas plantações e hidrelétricas, causando assim uma bola de neve de estragos.

Sem falar também na utilização de combustível fóssil que passa por crises há anos e que afeta nos valores lá na bomba de gasolina.

Como a inflação é calculada?

O indicador da inflação no Brasil vem pelo IPCA que mede (calcula) produtos que compõem a cesta básica no consumo do brasileiro, assim como, os gastos com gasolina, lazer, transporte, taxas, alimentação dentro e fora de casa, escolas (material para estudantes) e demais itens que somados indicam problemas e com isso vem o aumento nos centros comerciais.

Além também do que já destacamos como aumento em setores específicos dentro da economia com a chegada de secas, pragas, doenças globais, guerras e a mais conhecida: falta de chuvas.

Que somados também podem sim modificar os preços nos supermercados ou até mesmo a falta deles. Crises políticas internas enfrentadas por alguns países também respingam no bolso da população.

Existe uma calculadora da inflação?

No site do IBGE encontra-se disponível a calculadora do IPCA, que servirá para medir e apontar os índices de inflação em escala territorial total e também no site é possível ter acesso a informações sobre a capital do seu estado como base também sob influência na sua cidade – caso não seja a capital.

O cálculo é feito com base em 13 áreas urbanas no país, 430 mil preços em 30 mil locais diferentes. Tudo de maneira aproximada.

Como a inflação afeta a vida dos brasileiros?

Parece ser uma roda gigante de problemas quando somados. Mas, é basicamente o que falamos acima sobre crises nos mercados de alimentação e energéticos que podem afetar dentro ou fora do país.

Os mercados de habitação que dependem de certas matérias para efetivar construções, e em alguns casos só chegam por outro países, também são sensíveis às mudanças dos preços e num dado atual essa variação está em 11,6%.

Tal como o mercado de alimentação e de energia que passam por constantes crises em escala global, as secas também atrasam o desenvolvimento dos mercados internos e externos.

Isso somado a falta d’água atrapalha no desenvolvimento das indústrias hidrelétricas, que são responsáveis em trazer mais energia para dentro das casas das pessoas.

E não para por aí! A alta do dólar também tem gerado desconforto na economia nacional, ou seja, a inflação varia de acordo com uma série de fatores.

Crédito

Seguindo a lógica do Banco Central do Brasil em combater a inflação, está sendo praticado o aumento de juros e nesse ano é 4ª vez que a taxa de juros está em 5,25% nos juros básicos/ano.

Esses números mostram a trajetória da inflação que está em alta no país e que vem puxando os preços nos setores de energia elétrica, combustível, compras de produtos no supermercado e por aí vai.

Preços de produtos

Os responsáveis pelos lares estão percebendo que está cada vez mais difícil ir ao supermercado pelo simples fato de comprar pouco e gastando muito.

A inflação no Brasil também se arrastou nos produtos como carnes, feijão, arroz e até leguminosas. Ficou cada vez mais difícil abastecer as casas com pouca opção de compra e os índices não se normalizam.

Investimentos e financiamentos

Devido ao choque seguido em vários setores da economia por causa da inflação, especialistas destacam que investir em opções mais seguras e que venham com boa rentabilidade poderá ser conseguido no Título do Tesouro.

Esse segmento é oriundo do Governo e com isso é uma forma da União arrecadar recursos e criar projetos pelo país afora. E é claro que o investidor saberá que o retorno financeiro também virá.

Salário x inflação

A inflação é a desvalorização do dinheiro. O poder de compra fica limitado e com isso a moeda nacional se desvaloriza dentro do próprio mercado, devido ao aumento do preço dos produtos.

Compra-se pouco gastando mais e o consumidor fica refém em ter de escolher para qual caminho seguir quando entra num supermercado, por exemplo.

É reavaliar o que vai comprar e como comprar. Esse é o peso da inflação em países de economia frágil ou que estão passando por um turbilhão de problemas que vão afetar diretamente no bolso do consumidor.

E vale reforçar que os mais pobres tornam-se mais vulneráveis pelo fato de possuírem menos dinheiro ou ganharem pouco. A briga entre inflação e salário em muitos casos é injusta para os menos abastados.

Reajuste salarial pela inflação

A última medição feita em agosto mostrou que dentro do Brasil o reajuste salarial ficou em 1,4 ponto percentual abaixo da inflação.

Essa análise mostrou que a perspectiva de ganho ainda está abaixo para os trabalhadores brasileiros que são assalariados.

O que significa é que os ganhos mensais da população no geral está encolhendo e ainda pode piorar em 2022 devido a crise financeira que assola não somente o país, mas o mundo.

Poder de compra x inflação

Em razão da inflação ser a desvalorização da moeda e do poder de compra, está atrelado ao aumento do preço dos produtos.

Com o reajuste salarial, o trabalhador fica preso numa situação em ter que melhor avaliar as suas condições perante ao mercado.

Fazer economias e contas quando for sair de casa para comprar algo devido que o salário tornou-se “pequeno”, com pouco valor, dentro do mercado em que a moeda local é o principal meio de compra e a desvalorização não é satisfatória.

Qual a inflação em 2022?

A expectativa dos economistas é que o indicador da inflação acumulada em 12 meses ao longo de 2023 fique em 5,79%.

Projeção para 2023

As estimativas atuais apontam, na média, para 2022:

  • Dólar: R$ 5,28
  • Selic: 12,50%
  • PIB: 0,77%
  • IPCA: 5,60%.

Meios para combater a inflação

Controlar a inflação não é uma receita de bolo, onde basta ter os ingredientes e misturar tudo. É mais complicado, mas existem etapas/caminhos que podem somar para diminuir a inflação no país.

Um deles apontado pelos economistas é estimular a concorrência entre os oligopólios que dominam o Brasil, devido ao seu poder na formação de preços dos produtos.

Há quem diga que elevar os juros também não é uma boa solução por diversos motivos que podem gerar impactos na arrecadação tributária e com isso o aumento da dívida pública.

Outro ponto é observar se a demanda continua despencando pela falta de moeda corrente dentro dos mercados.

A regra é tentar trabalhar um caminho e ser exato na escolha para que a população não sofra tanto com a alta de bens e serviços.

Selic

É a ferramenta do Banco Central que tem como objetivo frear a inflação. Quando o dinheiro fica mais elevado, “caro”, faz com que a população tenha pouco acesso a ele e isso faz com que ocorra aumento de juros, cheques especiais e uso do cartão de crédito.

É como se o governo dissesse à população que não é um bom momento para gastar, isto é, que os bens e serviços estão ficando com preços elevados.

Conclusão

Em tempos como os de agora em escala global que a alta dos preços está em voga, o melhor caminho é calcular as finanças e não fazer loucuras.

Procurar conhecer como está a economia do seu país também é importante para melhor saber o destino do seu dinheiro e o quanto ele está valendo.

É dever também de quem governa buscar soluções para o bem-estar de sua população e empresas.

Além disso, em tempos de inflação em alta nada mais justo do que repensar e postergar vontades e sonhos!