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A taxa de desemprego no Brasil caiu de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para 6,4% no terceiro trimestre de 2024, atingindo o menor índice para um terceiro trimestre desde o início da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) em 2012. Os dados foram divulgados no dia 22 de novembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“A taxa de desocupação atingiu o segundo menor valor da série histórica, confirmando a tendência de queda. Essa redução pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, a ocupação na indústria registrou um acréscimo de mais de 400 mil vagas”, destacou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE.

A taxa de desocupação por sexo foi de 5,3% para os homens e 7,7% para as mulheres. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,0%) e acima para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%). Pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) tiveram uma taxa maior do que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro do que a do nível superior completo (3,2%).

Taxa de Desemprego Nos Estados

A queda da taxa de desocupação foi estatisticamente significativa em sete das 27 unidades da Federação entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024. Apenas cinco estados registraram aumento, mas dentro da margem de erro da pesquisa, o que torna essas variações estatisticamente irrelevantes. Nos outros estados, houve uma redução efetiva ou tendência de queda dentro da margem de erro.

As maiores taxas foram encontradas em Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%), e as menores em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). São Paulo teve sua menor taxa de desemprego em 12 anos (6,0%). Em Minas Gerais, a taxa de desemprego caiu de 5,3% no segundo trimestre para 5,0% no terceiro trimestre. Já no Rio de Janeiro, houve uma redução ainda mais expressiva, de 9,6% para 8,5% no mesmo período.

Segundo Kratochwill, grandes estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm um peso significativo na taxa total, pois têm uma parcela maior não só da população como um todo, mas também da população inserida no mercado de trabalho. “Se a taxa de desocupação reduz nesses Estados, naturalmente vai influenciar muito mais no total nacional do que, por exemplo, a taxa de desocupação no Acre”, ele apontou.

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